Ansiedade pela chegada da vacina. "Já tenho muita idade, mas posso viver mais uns dias"

Rui Manuel Fonseca/Global Imagens (arquivo)
O lar da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime, como tantos outros, aguarda orientações sobre o processo de vacinação. Até lá, fazem se esforços para proteger os mais vulneráveis.
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No lar da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime ainda se aguardam orientações sobre como irá decorrer o processo de vacinação. "Estamos ansiosos para que venha a vacina para ver se diminui o número de mortos, o número de surtos. Nesta estrutura não temos a possibilidade de rede frio, mas podemos administrar a medicação", diz a diretora do Lar Sílvia Sebastião.
A responsável lembra que a instituição foi a primeira da região do Algarve onde apareceram casos de Covid-19. Trinta utentes e 11 funcionários ficaram infetados e cinco idosos acabaram por não resistir à doença.
Neste lar vivem 63 pessoas e há 65 funcionários que trabalham em equipas rotativas. "No início de março, íamos seguindo as orientações. Usava-se máscara, depois diziam para não usar máscara. Era tudo novo para nós.
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Uma das utentes é Alda Isidoro. Aos 93 anos, aguarda com ansiedade a chegada da vacina de que tanto se fala. "Falam numas vacinas que vêm. Se fizer bem, queria tomá-la. Já tenho muita idade, mas ainda posso viver mais uns dias", diz.
As primeiras vacinas contra a Covid-19 chegarão a Portugal em 26 de dezembro e estima-se que até abril sejam vacinadas 950 mil pessoas. Segundo o calendário provisório de entrega de vacinas da Pfizer, em dezembro serão entregues 9.750 doses, em janeiro 303.225, em fevereiro 429.000 e em março 487.500.
Em Portugal, morreram 5.977 pessoas nos 366.952 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.