As indemnizações resultaram de rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo, num programa aplicado em 2021.
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Dez antigos altos quadros do Banco Português de Negócios (BPN) receberam indemnizações entre 200 mil e 400 mil euros, adianta, esta segunda-feira, o Correio da Manhã. Os pagamentos foram feitos pela Parvalorem, entidade pública que herdou os ativos tóxicos e os trabalhadores do BPN, e resultaram de rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo, num programa aplicado em 2021.
"No âmbito do cumprimento da missão que foi confiada pelo Estado à Parvalorem, de maximização da recuperação dos ativos recebidos do BPN, impõe-se à Parvalorem uma constante adaptação dos recursos aos ativos sob gestão (que, fruto da atividade da empresa, vão necessariamente diminuindo), no contexto das obrigações de redução de despesa e de otimização de recursos", afirmou a Parvalorem, em declarações ao Correio da Manhã.
Um dos dez antigos altos quadros do BPN recebeu uma compensação na ordem dos 400 mil euros e os restantes nove receberam entre 200 mil e 350 mil euros.
Segundo a empresa, citada pelo jornal, todos os antigos altos quadros do BPN tinham "remunerações e antiguidades [no BPN e na empresa] elevadas". A indemnização foi calculada de forma diferenciada para os salários iguais ou superiores e inferiores a seis mil euros, para compensar os ordenados mais baixos.
Em 2021, a Parvalorem gastou 3,1 milhões de euros em indemnizações a 36 trabalhadores. O programa de rescisões é uma consequência da nacionalização do BPN, em 2008, e posterior constituição da Parvalorem.