O antigo vice-presidente do PSD esteve envolvido num processo de expulsão por ter apoiado uma candidatura independente em Sintra nas autárquicas de 2013.
Corpo do artigo
António Capucho regressou ao PSD, anunciaram esta segunda-feira os sociais-democratas, depois de o antigo vice-presidente daquele partido ter estado envolvido num processo de expulsão por ter apoiado uma candidatura independente em Sintra nas autárquicas de 2013.
"António Capucho, militante histórico do PSD, vai regressar ao partido que ajudou a fundar em 1974, tendo a sua nova ficha de militante dado entrada na sede do PSD", anunciou o partido, em comunicado.
O antigo vice-presidente tinha anunciado a sua intenção de voltar ao PSD após a eleição de Rui Rio na presidência dos sociais-democratas, mas em abril do ano passado o Conselho de Jurisdição indeferiu o seu pedido para anular uma decisão anterior, que lhe permitiria manter o número de militante e evitar nova inscrição, como pretendia, com Capucho a não concretizar então o reingresso nas fileiras do partido.
Disponível para tudo aquilo de que o presidente do partido precisar. É assim que se apresenta António Capucho, em declarações à TSF.
"Entendi dar início ao processo de admissão, entregando a ficha nos serviços centrais do partido, como gesto de apoio ao doutor Rui Rio, numa altura crítica, em que ele está a ser muito atacado, pelo facto de eu o apoiar desde a primeira hora", admite o histórico militante.
TSF\audio\2019\09\noticias\02\antonio_capucho
E, se dúvidas houvesse, António Capucho frisa a lealdade: "Estou em sintonia com a estratégia e a política dele [Rui Rio]. Entendi que este era o momento mais adequado para dar um sinal concreto e público de apoio."
Sobre uma possível vitória laranja a 6 de outubro, o social-democrata constata que as probabilidades não jogam a favor de Rio: "É muito difícil [recuperar], porque a distância que nos separa do Partido Socialista é significativa e o PS beneficiou de mil coisas desde que assumiu a liderança do Governo."
Ainda assim, António Capucho considera importante que cada militante tenha a iniciativa de "dar a cara e apoiar o partido nesta hora crucial e neste mês decisivo".