O primeiro-ministro confessa que, por causa da pandemia, o país "viveu momentos onde muito tememos que fôssemos ao fundo". No entanto, o chefe do executivo elogia a resistência das empresas e a recuperação da economia.
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O primeiro-ministro, António Costa, confirma que o Governo está a estudar "o desdobramento" do terceiro e do sexto escalão do IRS, uma medida que poderá estar inscrita na proposta de Orçamento do Estado para 2022.
"Já fizemos um primeiro desdobramento dos escalões, tivemos de adiar um segundo desdobramento, estamos neste momento a fazer um trabalho muito sério, que é mais um desdobramento. Há dois escalões que têm sobretudo de ser mexidos: o terceiro, que cobre os 10 mil e 20 mil euros de rendimentos, e o sexto escalão, com rendimentos de 36 mil a 80 mil euros", admitiu o primeiro-ministro, numa entrevista à TVI.
Ainda sobre os rendimentos, António Costa defendeu a medida do IRS Jovem, que será alargada de três para cinco anos.
Questionado sobre o otimismo da "família feliz" demonstrado durante o último Congresso do PS, no final de agosto, António Costa assumiu que o país viveu "momentos onde muitos tememos que fôssemos ao fundo".
"Vivemos momentos onde muitos tememos que de facto fossemos ao fundo. Hoje, estamos a chegar a uma fase de controlo da pandemia. Ela não desapareceu, mas vamos conseguir atingir um ponto de segurança", referiu, sublinhando a recuperação económica. "A nossa sociedade, a nossa economia, as nossas empresas resistiram melhor do que aquilo que esperávamos."
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