O secretário-geral do PS, António Costa, considera que a União Europeia deve reforçar os mecanismos de coesão para retomar o caminho da convergência entre as zonas mais ricas e mais pobres.
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Com os olhos postos na Reunião do Eurogrupo, António Costa considera que este é o pior momento para a Europa se dividir. "Não é por acaso que a Grécia é membro fundador da NATO", sublinha o secretário geral do PS.
"Não podemos desvalorizar a sua posição geoestratégica. Está na fronteira entre o ocidente e o leste, entre a Europa e o mundo islâmico e é uma peça chave na nossa união.E por isso não podemos desvalorizar o risco que temos de perder a Grécia e as consequências que isso trará",disse António Costa , lembrando que a Europa não pode esquecer o problema do terrorismo.
Sublinhando que " estamos todos muitos preocupados com a situação na Grécia e o impasse nas negociações, o líder socialista defendeu que a Europa tem que ser mais solidária e convergente " isso implica um outro nível de relacionamento entre a União Europeia e os Estados Membros em que a confrontação deixe de ser a lógica e passe a ser a solidariedade".
Num jantar em que o tema da palestra foi "Austeridade e Constituição", Costa salientou que a austeridade só empobreceu o projecto europeu, não só económica mas também politicamente.
No entanto, na opinião de António Costa, na Europa tem de existir solidariedade, mas também equilíbrio. " Não podemos chegar a Bruxelas no dia a seguir às eleições e dizer -eu ganhei com este programa, por isso paguem este programa-,disse Costa, numa alusão ao governo grego, mas também não podemos dizer "somos pequeninos e devemos submeter-nos aquilo que nos é dito para fazermos",enfatizou.
Na opinião do secretário geral do PS a palavra chave é" convergência"-nas directrizes económicas e políticas . Só assim poderá vingar o projecto europeu.