
STEVEN GOVERNO/LUSA
O secretário-geral do PS deixou uma mensagem de "alento" e "confiança" sobre a capacidade para responder aos fogos florestais e recusou-se a entrar na controvérsia sobre se os meios de combate são suficientes.
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António Costa falava no final de uma visita à Autoridade Nacional da Proteção Civil, em Carnaxide (Oeiras), em que esteve presente o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, e durante a qual não comentou quer a situação na Grécia, quer o teor da entrevista do ex-primeiro-ministro José Sócrates ao Diário de Notícias e à TSF.
"Vim aqui exclusivamente para falar sobre a nossa proteção civil, sobre a prevenção dos incêndios florestais e transmitir uma mensagem de grande alento e confiança em todo o dispositivo da proteção civil", declarou António Costa
O secretário-geral do PS também não quis entrar na polémica sobre se os meios de combate aos fogos florestais são ou não suficientes.
"Conheço bem, as dificuldades que o sistema de proteção civil sempre tem ao nível da gestão de meios. Quando o verão corre muito bem, diz-se que os meios foram em excesso; mas quando o verão não corre mal, diz-se que os meios são insuficientes", sustentou o líder socialista, que tinha ao seu lado os deputados do PS Jorge Lacão, Isabel Oneto, Filipe Neto Brandão e Miguel Freitas, além de Jorge Gomes do Secretariado Nacional deste partido.
No final de uma visita de cerca de uma hora à Autoridade Nacional de Proteção Civil, António Costa, que desempenhou as funções de ministro de Estado da Administração Interna entre 2005 e 2007, salientou a importância ambiental e económica da floresta portuguesa.
"Para além da sua importância ambiental e paisagística, a floresta representa atualmente 11 por cento das exportações nacionais, tendo um elevado valor económico. É um bem fundamental a ser protegido", frisou o líder socialista, antes de deixar um apelo à população em geral.
"Portugal sem fogos depende de todos. Aquilo que os bombeiros e todas as outras forças envolvidas no combate aos incêndios são chamados a fazer, é só a intervenção de última linha. A primeira responsabilidade é a de cada um de nós. Pelo nosso comportamento, não devemos ter qualquer ato que contribua para pôr em perigo a floresta", salientou o ex-ministro da Administração Interna.
Ainda em defesa do fator da prevenção de fogos, António Costa insistiu que a intervenção da proteção civil, de última linha, "é a mais ingrata e aquela que tantas vezes põe em risco a própria segurança dos que atuam para combater os incêndios".
"Portanto, é um enorme apelo que quero fazer ao país no sentido de todos termos um comportamento cívico exemplar. A floresta é um bem fundamental a preservar", insistiu o secretário-geral do PS.