O presidente da Câmara de Lisboa considerou a intervenção de Cavaco Silva «hermética» e sem dar resposta «à estabilidade», mas «útil».
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António Costa acha «útil que haja um acordo» entre os principais partidos, na linha do compromisso de salvação nacional proposto pelo Presidente, e «útil» que os partidos se sentem para dialogar.
Mas o autarca de Lisboa não acredita que ela tenha viabilidade, com as atuais lideranças partidárias.
Costa criticou também a intervenção de Cavaco Silva por ter sido «hermética» e não «dar resposta à estabilidade da vida política».
Sobre um acordo partidário, Costa considerou que «nem aqueles três partidos, nem todos» chegam para assumir um compromisso, sugerindo que se reúna também a concertação social.
No final do debate, em declarações aos jornalistas, António Costa reforçou a importância de perceber «para que serve» um acordo partidário.
«Se este acordo não responder à urgência do problema de fundo deste país, que é a renegociação do memorando, não vejo como é que este acordo possa ser útil. Antes de saber quem é o mediador é preciso de saber quem é o acordo», disse.
O autarca de Lisboa considerou a proposta de Cavaco Silva «manifestamente insuficiente» por não incluir a renegociação do memorando.