Costa "dá a cara" e quer sustentabilidade da segurança social, "por muita pancada" que leve da oposição
António Costa assegurou, na rentrée do PS, que vai continuar a "dar a cara" pelo trabalho do Governo. Momentos antes, o autarca de Leiria lembrou Marta Temido e António Lacerda Sales, que receberam um longo aplauso dos militantes socialistas.
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Na rentrée socialista, para lançar um ano político com maioria absoluta, António Costa garantiu, este domingo, que o Governo "não baixa os braços", apesar do "maior aumento da inflação dos últimos 30 anos". O comício, esta tarde, em Leiria, serviu ainda ao primeiro-ministro para responder às críticas da oposição pelos apoios aos pensionistas. "Por muita pancada" que receba, garante, a prioridade é a sustentabilidade da segurança social.
O Governo socialista, em funções desde 2015, já "enfrentou a austeridade e uma pandemia", pelo que "não é agora que baixa os braços".
"Tal como não tivemos medo do diabo para virar a página da austeridade, tal como não virámos a cara ao combate à pandemia, também não é agora que baixamos os braços ou desistimos dos nosso objetivos, porque a situação é mais difícil", garantiu.
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E acrescentou: "Estamos aqui para dar a cara, para dar combate e para vencer, como vencemos no passado".
Depois de uma semana onde o Governo apresentou as medidas para apoiar as famílias, a oposição criticou os apoios aos pensionistas, que em outubro vão receber meia pensão e 4,3% de aumento em 2023. António Costa deixa agora um recado, imune "a pancadas" dos críticos.
"Há algo que todos sabem: nunca, em circunstância alguma, por muita pancada que a oposição me dê, eu tomarei qualquer medida que coloque em causa a sustentabilidade futura da segurança social", disse.
António Costa admite que "era muito fácil fazer agora um aumento maior", mas a sustentabilidade da Segurança Social é a prioridade. O primeiro-ministro sublinha que os pensionistas vão receber "um aumento" também em 2023 com um "montante que não existe desde o princípio deste século".
Palavras também para a melhoria do rating de Portugal, pelas agências de notação financeira, que sustentam o Governo a não desviar-se "da redução da dívida", que deve ser "um objetivo de todos".
O primeiro-ministro destacou, igualmente, os 50 mil alunos que entraram no ensino superior, na primeira fase de acesso, "num novo recorde" com o Governo socialista.
Temido com o aplauso mais longo da tarde
O início dos discursos, aberto pelo presidente da Câmara de Leiria, ficou marcado por fortes aplausos à antiga ministra da Saúde, Marta Temido, e ao antigo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que foi candidato pelo círculo eleitoral de Leiria às eleições legislativas, no primeiro lugar.
"A Marta Temido, a história vai fazer-lhe justiça", disse o autarca.
A iniciativa socialista marca o encerramento da Academia Socialista, que decorreu desde quarta-feira, na Batalha, e dá o pontapé de saída para as Jornadas Parlamentares do PS. Além de António Costa, e do presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, discursou ainda o secretário-geral da Juventude Socialista, Miguel Costa Matos.
Antes dos discursos, Tim, Fernando Cunha e Miguel Ângelo animaram, com um momento musical, a plateia socialista.
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