O secretário-geral do PS, que está em Bruxelas, diz que há "um grande alinhamento" entre os socialistas europeus em torno das ideias do Presidente francês, que espera que permitam alcançar um acordo sobre a Grécia.
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António Costa, que participou na "mini-cimeira" dos socialistas europeus que antecedeu a cimeira da zona euro sobre a Grécia, e que saiu precisamente na companhia do Presidente francês, indicou que François "Hollande tem uma boa proposta a apresentar para ultrapassar os bloqueios que ainda existem ao nível do Conselho".
"A família socialista está unida em torno das posições defendidas pelo presidente Hollande, e hoje, aqui, mais uma vez, o vice-chanceler [alemão], Sigmar Gabriel, reafirmou a posição de concordância", no sentido de "garantir que não há uma saída da Grécia [da zona euro] e que há uma acordo que seja um acordo credível, durável e definitivo".
Segundo António Costa, "essa é uma posição unânime de todos os socialistas europeus, incluindo dos sociais-democratas alemães, e do que é a maioria do próprio governo alemão, que é um governo de coligações várias", apontou.
À entrada para a cimeira, Hollande disse que tudo fará para que a Grécia fique na zona euro, sendo que a saída significa que a União Europeia recua em vez de avançar, enquanto Merkel apontou que não haverá um "acordo a qualquer preço" para um terceiro resgate à Grécia, acrescentando que a "moeda mais importante desapareceu" e que "essa é a "confiança".
Questionado sobre qual espera ser a posição do Governo português nestas conversações, António Costa disse esperar o que sempre esperou, "porque a esperança é a ultima coisa a morrer".
"Ainda espero que, de uma vez por todas, tenha uma posição construtiva e esteja do lado daqueles que não só não bloqueiam, como ajudam a vencer os bloqueios", declarou.
O secretário-geral do PS disse acreditar que, nesta cimeira, "seja possível obter o acordo que porventura não se obtém ao nível dos ministros das Finanças", referindo-se à sucessão de negociações inconclusivas ao nível do Eurogrupo.
"Eu espero que quando a questão subir agora ao nível politico, e deixar de ser tratada somente ao nível dos ministros das Finanças, possamos tratar a questão com a dimensão que ela tem de ser tratada, que verdadeiramente é política", declarou.