Aconteceu tudo muito rápido, no fim da arruada, e grande parte dos presentes nem se apercebeu do incidente entre Costa e um popular.
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No último dia de campanha, nos últimos minutos da tradicional descida do Chiado, em Lisboa, e pronto para realizar uma viagem até ao Porto, António Costa foi insultado e caluniado por um homem que resolveu recordar o incêndio de Pedrógão Grande e que acusou o líder socialista de não ter estado presente enquanto primeiro-ministro durante a tragédia.
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Uma "mentira", de acordo com o secretário-geral do PS. A reação foi imediata e levou Costa a exaltar-se e a aproximar-se do homem. Queria esclarecer o que se passou, mas não conseguiu manter a calma. Mais tarde, disse mesmo que "os políticos também são de carne e osso".
Mas recuemos um pouco. Tudo aconteceu às 17h00, quando a arruada que começou na Cervejaria Trindade - onde tradicionalmente se realizam os almoços de fim de campanha do PS - já tinha descido o Chiado e passado pela Rua Augusta. Depois de atravessar o Arco da Rua Augusta, a arruada virou à esquerda e seguiu debaixo das arcadas, onde se deu o incidente.
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O homem aproximou-se da "bolha" onde seguia o secretário-geral do PS - rodeado de seguranças - como fizeram muitas outras pessoas durante o percurso. Mas a mensagem que trazia tirou Costa de si.
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Os seguranças aperceberam-se rapidamente do incidente e travaram o secretário-geral do PS.
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Quando virou costas, o líder socialista desabafou que se tratava de um "provocador mentiroso". Com a segurança reforçava, seguiu caminho. Iria entrar no carro poucos metros depois para seguir caminho até Santa Apolónia, onde apanhou o comboio rumo ao Porto.
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Ao contrário do que tem feito ao longo da campanha em relação a temas incómodos, o secretário-geral do PS fez questão de esclarecer e voltar a esclarecer o que se tinha passado. Admitiu que se pode ter excedido, mas chegou "ao limite".