António Costa recusa ideia da maioria de inscrever limite à dívida na Constituição
Foi na abertura da Convenção Nacional do PS, onde o secretário-geral também acusou Passos Coelho de "insensibilidade olímpica".
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António Costa rejeita em absoluto a imposição de um teto constitucional para a dívida, tal como propõe a maioria PSD/CDS, contrapondo que Portugal precisa de mudar de políticas e não a Constituição da República.
António Costa falava na sessão de abertura da Convenção Nacional do PS, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, onde no sábado será aprovado o programa eleitoral dos socialistas.
Num discurso em que caraterizou como esgotada a maioria que suporta o Governo, o líder socialista alegou que a ausência atual de um teto constitucional para a dívida não impediu este executivo de aumentá-la de 97 por cento para 130 por cento do Produto Interno Bruto, ao mesmo tempo que na Câmara de Lisboa, consigo a presidente, baixou em cerca de 40 por cento. "O que é preciso é mudar de políticas e não de Constituição", declarou António Costa.
O secretário-geral do PS acusou o primeiro-ministro de "insensibilidade olímpica", considerando que "quatro anos de estabilidade política" do atual Governo corresponderam também "a quatro anos de sobressalto" e de "instabilidade" para as famílias e empresas portuguesas.
"Foram quatro anos de sobressalto quotidiano no emprego, nos salários ou nos impostos. Estes quatro anos de estabilidade política corresponderam a quatro anos de instabilidade para as famílias e empresas portuguesas", declarou o líder socialista.