O presidente da CIP pede maior fiscalização. Carvalho da Silva, antigo secretário-geral da CGTP, pede um levantamento à precariedade no Estado.
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No dia em que o Parlamento debate a precariedade laboral, o assunto foi tema do Fórum TSF. António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, reconhece que "existe, lamentavelmente, algumas empresas que não respeitam as regras".
Por isso, "a fiscalização deve atuar" até para evitar "práticas de concorrência desigual". Só assim, defende o "patrão dos patrões", o país pode dar trabalho aos jovens à procura do primeiro emprego e também os desempregados de longa duração.
António Saraiva defende também que o combate à precariedade passa por uma espécie de parceria de interesses entre o Estado e as empresas.
Do outro lado, Carvalho da Silva disse acreditar que, no que respeita ao trabalho precário, Portugal está ao nível da Polónia, de acordo com dados estatísticos, o país com maior nível de precariedade.
O homem que durante 15 anos dirigiu a CGTP defende que é preciso combater o problema para conseguir um maior equilíbrio social. E sublinha que o Estado não é um bom exemplo, sendo necessário fazer um levantamento do número de trabalhadores precários na Função Pública.