ANTRAM diz-se "totalmente empenhada" no sucesso das negociações com motoristas

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) garante que está "totalmente empenhada" em manter o "bom clima negocial" com o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

Em comunicado enviado à TSF, a associação esclarece que não quis "obstaculizar ou prejudicar as negociações" com a divulgação, através do seu site, de informações sobre as negociações que tem levado a cabo com o SNMMP.

Esta quarta-feira, o vice-presidente do sindicato, Pedro Pardal Henriques, acusou a ANTRAM de mentir em relação ao valor salarial proposto, de 700 euros. "É totalmente falso", garantiu o vice-presidente do sindicato, acusando a ANTRAM de "má-fé".

No documento, a associação de transportadores garante que a divulgação da informação teve como base o "dever de comunicar aos seus Associados pontos relevantes da proposta apresentada pelo SNMMP para evitar um escalar de dúvidas e consequente agitação nas empresas".

Os motoristas já tornaram pública a sua vontade de romper com as negociações e avançar com uma "greve no dia 23 de maio, às 00h01, por tempo indeterminado", como explicou à TSF Pedro Pardal Henriques.

Perante esta postura, a ANTRAM esclarece que "apenas voltará a comunicar sobre a proposta que lhe foi apresentada, de forma presencial, aos seus Associados, nas reuniões que irão decorrer já na próxima semana, bem como ao SNMMP nas reuniões que vierem a ter lugar posteriormente."

Esta quarta-feira, a​​​​​ ANTRAM tinha notado que o sindicato dos motoristas de matérias perigosas teve uma "clara mudança de postura", após ter apresentado uma contraproposta de 700 euros de salário base, inferior aos 1200 euros reivindicados inicialmente por estes trabalhadores. Pedro Pardal Henriques garantiu que esta proposta nunca foi apresentada.

LER MAIS:

- Negociações falharam. Motoristas de matérias perigosas avançam com pré-aviso de greve

- ANTRAM diz que proposta salarial do sindicato é de 700 euros mais subsídio

- Clima de "paz social". Motoristas não fazem greve até ao final de maio