Posição da ANTRAM surge depois de o vice-presidente do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas ter anunciado reunião com o Ministério das Infraestruturas para evitar a greve
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A ANTRAM recusa negociar com o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas enquanto estiver em cima da mesa um pré-aviso de greve.
Quarta-feira, em entrevista à RTP, o vice-presidente do sindicato, Pedro Pardal Henriques, anunciou que foi pedida uma reunião ao Ministério das Infraestruturas para evitar a greve agendada para o próximo dia 12 de agosto, reunião que, segundo Pedro Pardal Henriques, foi aceite.
Ouvido pela TSF, o porta-voz da ANTRAM, associação que representa as empresas de camionagem, explica que a esta associação não chegou qualquer convite para uma reunião e, se chegasse, seria recusado pelo menos enquanto o sindicato não desconvocar a greve.
"A ANTRAM está sempre disponível para negociar sem chantagens e sem pressões. Ninguém negocia com um pré-aviso de greve em cima da mesa (...) agora, face a esta nova comunicação [o Sindicato] não apresenta qualquer alternativa, apenas diz que pediu uma reunião, da qual a ANTRAM não tem qualquer conhecimento. E acreditamos que se ela nos tivesse sido pedida teríamos conhecimento", adiantou André Matias de Almeida.
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A recusa da ANTRAM em negociar enquanto estiver em cima da mesa um pré-aviso de greve estende-se apenas ao Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas uma vez que, com a FECTRANS, estrutura sindical afeta à CGTP e que representa a maior parte dos motoristas, as negociações com vista à aprovação de um novo Acordo Coletivo de Trabalho estão bem encaminhadas.
"Temos discutido o contrato coletivo clausula a clausula, com toda a disponibilidade de abertura das partes para cedências mutuas e acredito que dentro em breve podemos apresentar um novo documento e um novo acordo com a FECTRANS que representará, por um lado, muitas melhorias para estes trabalhadores, e por outro, balizar aquilo que os empregadores podem suportar", adiantou André Matias de Almeida, manifestando a convicção de que, até 12 de agosto, será atingido um novo entendimento.
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