"Ao contrário do que se passa na administração da CGD, se eu tentar este número várias vezes, põem-me fora daqui"
Na semana em que o Governador do Banco de Portugal negou qualquer responsabilidade nos créditos que acarretaram grandes perdas para a CGD, Ricardo Araújo Pereira recusou comentar assuntos no Governo Sombra.
Corpo do artigo
Carlos Costa, que esteve presente nas reuniões da Caixa Geral de Depósitos em que foram aprovados vários créditos que vieram a revelar-se ruinosos, veio esta semana apresentar em sua defesa o argumento de que a sua participação no Conselho Alargado de Crédito "se destinava a assegurar o número de administradores necessários para que a decisão pudesse ter lugar", ou seja, recusando qualquer responsabilidade pelas decisões tomadas.
Face a estas declarações, João Miguel Tavares mostra-se indignado, por, mais uma vez, pessoas em cargos de elevada responsabilidade em bancos, que se encontram sob suspeita de crimes ou negligência, se apresentarem como "idiotas", considerando que "a defesa destas pessoas é fazerem figuras de parvas, e isso é muito deprimente".
Carlos Vaz Marques passa a palavra a Ricardo Araújo Pereira, que se limita a "fazer número", recusando comentar o caso e todos os outros temas sugeridos pelo moderador, explicando que não tem qualquer competência para fazer comentário sobre os vários assuntos. O humorista passa a explicar que, com o pequeno momento de humor, pretendia provar que, "ao contrário do se passa na administração da CGD, se eu tentar este número várias vezes, põem-me fora daqui". E explica, de forma irónica, que o cargo de comentador no Governo Sombra é de maior responsabilidade que o de administrador do Banco de Portugal.
A emissão completa do Governo Sombra, para ver ou ouvir, sempre em tsf.pt.