Quem é o diz é o presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas, António Mota, que defende que os militares têm de estar aptos a defender a instalação "se for atacada e violada".
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A Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) já deu o aval à ideia do Ministro da Defesa, Azeredo Lopes, para rever as regras aplicadas aos militares responsáveis pela guarda de material de guerra. Em declarações à TSF, António Mota, presidente da AOFA revela a luz verde.
"Se há um determinado militar que está de guarda a uma unidade ou a um paiol de armamento, seja o que for, é um homem que está armado. Implicitamente, terá de utilizar a arma se a instalação, esse paiol, ou a viatura que está a guardar, for atacada, violada. Ele tem de atuar, portanto não pode estar limitado, não pode ter carregadores lacrados, selados. Não pode ter nada disso..."
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O tenente-coronel António Mota diz ainda que, no entanto, os militares têm de estar preparados. "A solução é as pessoas estarem devidamente formadas, preparadas, para poderem utilizar uma arma de fogo e uma arma com calibre de guerra. Não é fingir senão qualquer dia basta ter uma daquelas bisnagas que os miúdos utilizam no carnaval, que já teria efeito dissuasivo. Andamos literalmente a brincar. Há que rever [as regras] rapidamente."
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Sobre a anterior decisão, que impossibilitava o recurso a armas de fogo, António Mota diz que se deveu a acidentes. "Houve alguns acidentes por falta de formação, em que os militares se autoferiram e feriram outros camaradas, por utilização indevida do armamento pessoal", revela.
E remata: "Foram tomadas essas decisões. E agora têm estas consequências, é uma situação quase... e eu sou militar, custa-me dizer isto... de tropa do Raul Solnado".