Aos poucos, cultura vai reabrir: bibliotecas e arquivos dão 1.º passo. Festivais por decidir
Cinemas, teatros e auditórios vão ser os últimos equipamentos culturais a reabrir portas.
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As bibliotecas e arquivos são os primeiros equipamentos culturais a reabrir, já na segunda-feira, seguindo-se os museus, galerias e monumentos, em 18 de maio, anunciou esta quinta-feira o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
Siza Vieira, que falava no Parlamento, disse que, na segunda-feira, reabrem também as livrarias. Minutos depois, em São Bento, o primeiro-ministro António Costa especificava que na primeira fase, já a 4 de maio, além de bibliotecas e arquivos, reabrem também os jardins de museus e de monumentos nacionais.
Quinze dias depois, a 18 de maio, reabrem portas os museus, galerias de arte, salas de exposições e similares.
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Na última fase, a 1 de junho, é promovida a reabertura - com lugares marcados e lotação reduzida - de cinemas, teatros e auditórios.
A lotação destes espaços não foi, para já, divulgada. O primeiro-ministro António Costa, em conferência de imprensa, salientou, no entanto, que em espaços fechados será necessário o uso de máscara.
"Vamos poder usar espaços fechados, como escolas, museus e salas de espetáculos, mas para isso vamos ter de usar máscaras", afirmou.
Festivais de verão ainda não foram decididos
Em relação à possibilidade de este ano se realizarem, ou não, os chamados 'festivais de verão', António Costa referiu que está a ser feita "uma avaliação".
"Oportunamente tomaremos uma decisão pública sobre essa matéria, provavelmente na próxima semana", afirmou o primeiro-ministro, recordando que esta semana esteve reunido com promotores de alguns destes festivais.
António Costa falou igualmente na abertura de jardins e de espaços exteriores de museus, palácios e monumentos, a partir da próxima semana.
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O Governo decretou também a "proibição de eventos ou ajuntamentos com mais de 10 pessoas", a partir da próxima segunda-feira. Todas as decisões conhecidas hoje serão "reavaliadas a cada 15 dias".
O setor cultural está praticamente encerrado em Portugal desde meados de março, quando foi decretado o estado de emergência para conter a pandemia da Covid-19.
Segundo a Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE), desde meados de março e até ao final de abril foram cancelados, suspensos ou adiados cerca de 27 mil espetáculos. A APEFE contabilizou apenas espetáculos com bilhetes pagos.
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