
Reuters
Presidente da Associação Portuguesa de Aeronaves Não Tripuladas admite que maioria dos utilizadores de drones é responsável, mas pede penalização para aqueles que se aproximam dos aeroportos.
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A Associação Portuguesa de Aeronaves Não Tripuladas defende que devem ser identificados e castigados os proprietários que fazem voar drones em locais proibidos. Esta posição visa sobretudo aqueles que usam os drones em zonas de aproximação de aviões aos aeroportos.
Na segunda-feira registou-se um novo incidente com um drone, o sétimo deste mês de junho e o 11º desde que o ano começou. Gonçalo Matias, presidente da associação acima referida, disse esta terça-feira à TSF que é urgente encontrar as soluções tecnológicas.
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Gonçalo Matias diz ainda que a associação pretende colaborar com as autoridades com soluções para a fiscalização. O primeiro passo deve ser o de tornar obrigatório o registo dos drones.
À TSF Gonçalo Matias disse também que está convencido de que a maioria dos utilizadores de drones é consciente e responsável, pelo que todos os outros que atuam infringindo as normas devem ser penalizados.
Está em vigor, desde janeiro, um regulamento que proíbe o voo de drones a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem de aeroportos e aeródromos. A ANAC, o regulador da aviação civil, considera que estas regras já protegem o espaço aéreo. Apesar disso, o regulador não afasta a possibilidade de alterações ao regulamento.
A TSF ouviu também o professor José Santos Vítor, que leciona Robótica no Instituto Técnico de Lisboa. O professor confirma que não foram ainda encontradas soluções tecnológicas para a identificação dos operadores de drones. Todas as soluções devem ser equacionadas, incluindo o recurso a aves, defende.