Associação Portuguesa de Apoio à Vítima registou quase 50 mil atendimentos, em 2017 - um aumento de 19% face ao período entre 2015 e 2016.
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Em 2017, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) assistiu 21 pessoas por dia. No ano passado, a associação registou quase 50 mil atendimentos, um aumento de 19% em relação ao período entre 2015-2016. O resultado? Nove mil vítimas identificadas, sendo que quase 4 mil pediram ajuda devido a crimes de violência doméstica.
A vítima portuguesa tem uma idade média de 42 anos. A grande maioria é do sexo feminino (82,5%), 31,4% tem emprego e a maior parte não terminou o ensino obrigatório. Mas há também quem tenha frequentado a universidade (8,4%) ou o ensino secundário (5,1%). Cerca de 33% tem filhos e, normalmente, o autor do crime é o marido ou o companheiro. Em 9,4% dos casos, o agressor é o ex-companheiro.
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O relatório da APAV, a que o Jornal de Notícias teve acesso, mostra também que há mais vítimas a recorrer à APAV por crimes sexuais. Em 2017, a associação registou quase 500 vítimas deste tipo de crime. Em 10% dos casos, o agressor era filho da vítima.
O relatório da associação mostra também pedidos de ajuda por crimes de ameaça e perseguição (5,7%). Houve também denúncias de bullying, sobretudo por jovens com uma idade média de 17,6 anos, maltratados por colegas de escola.
Em declarações à TSF, o presidente da APAV, João Lázaro, falou sobre os tipos de novos crimes registados, além dos casos de violência doméstica.
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João Lázaro refere também que, durante o último ano, houve mais pessoas a queixarem-se de crimes sexuais.
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