Mais de 70% dos inquiridos tencionam tirar férias este verão, boa parte fica cá dentro e a procura por hotéis supera o aluguer de casa, campismo, ou caravanismo, revela sondagem realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN.
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Com o verão à porta e a persistência do cenário de aumento generalizado dos preços, pela escalada da inflação e subida das taxas de juro, a ideia foi tentar perceber se os portugueses tencionam fazer férias este ano, se têm motivos para não fazer tal pausa, se escolhem como destino o país em que vivem, ou outro no estrangeiro e que gastos calculam ter face às últimas férias e se os custos pesam na tomada de decisão.
72% dos inquiridos tencionam ir de férias, ou seja, uma larga maioria que contrasta com o resultado mais contido dos dois anos anteriores, que apontava para cerca de metade dos inquiridos.
São mais homens, do que mulheres, a responder de forma positiva, a maioria jovens entre os 18 e os 34 anos e das classes mais favorecidas.
Entre os 28% que afastam tal hipótese, 63% evocam "razões financeiras" para não ir de férias este ano, apenas 9% indicam "motivos de saúde" e 8% "falta de disponibilidade."
72% também preferem férias em Portugal e entre aqueles que escolhem um país estrangeiro, são mais 18 pontos, face ao ano pandémico de 2021, e mais 7 pontos do que em 2022.
Também são as classes média e média baixa que mais manifestam intenção de ir para fora cá dentro e por regiões, o centro lidera, seguido da área metropolitana de Lisboa, depois o norte do país, o sul e ilhas e por fim, a área metropolitana do Porto.
Quanto à procura de alojamento, se no ano passado a opção principal apontada foi o aluguer de casa, este ano, são os hotéis, o destino mais indicado pelos inquiridos para passar férias e apenas 7% vão optar pelo campismo e 1% pelo autocaravanismo. Pelo meio, há 15% a descansar numa segunda residência e 13% dos que optam por ir para casa de amigos ou familiares ou os que vão passar férias em casa, que partilham a mesma percentagem.
Quanto a custos e orçamentos para férias, mais de 57% pensa gastar o mesmo que o ano passado, enquanto 22% até contam gastar menos e 19% consideram que vão gastar mais.
O centro do país é onde residem os que pensam cortar mais nos custos. No sul e ilhas, está a maioria dos que acreditam que vão ter despesas com férias iguais ao ano passado e nas regiões metropolitanas de Lisboa e Porto encontra-se a maior parte dos que acreditam que vão gastar mais nestas férias de 2023.
Comparando os dados da sondagem, a crise pesou menos na hora de decidir sobre as férias. Agora 76% dizem ter ponderado sobre o valor a gastar em férias, face aos 82% do ano passado.
Na hora de colocar na mala, o bronzeador, o fato de banho, o chapéu, os óculos de sol e fazer contas, a ponderação é maior por parte das mulheres, em qualquer faixa etária, apesar de amor incidência entre os 35 e os 64 anos, em qualquer escalão social, mas especial destaque para a classe média baixa.
Ficha técnica:
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses, sobre temas relacionados com as férias. O trabalho de campo decorreu entre os dias de 10 e 14 de abril. Foram recolhidas 805 entrevistas, entre maiores de dezoito anos, residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade. À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95%, com uma margem de erro de 3,45%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.