APICER alerta para possível fecho de empresas de cerâmica devido aos custos da energia
Presidente da Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica sublinha que é preciso encontrar medidas de curto prazo que possam contornar este problema.
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A Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica (APICER) alerta para um possível fecho das empresas do setor devido aos custos da energia e diz que, no último ano, a eletricidade subiu 300% e o gás registou um aumento de 400%. Por isso, a associação enviou uma carta ao ministro da Economia a chamar a atenção para aquele que consideram ser um problema do futuro. Luís Sequeira, presidente da APICER, afirma que há uma grande possibilidade de algumas empresas virem a fechar por causa do aumento dos custos da energia.
"Tendo a energia subido - na eletricidade foram 300% e no gás natural 400% - é impossível trabalhar nestas circunstâncias, não é possível refletir nos preços finais estes custos. O setor é um dos maiores consumidores de gás natural da indústria transformadora, representa entre 30 a 40%. Estes valores dependem muito, naturalmente, das próprias empresas e dos subsetores que a própria cerâmica representa", explicou à TSF Luís Sequeira.
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O responsável sublinha ainda que é preciso encontrar medidas de curto prazo que possam contornar este problema.
"Passa pela criação de um regime de lay-off simplificado e de moratórias. Isto para aliviar um pouco esta situação. O normal é que as empresas possam refletir estes aumentos nos preços, mas são de tal forma elevados e exagerados que não é possível fazer sob pena de o mercado não o comportar", acrescentou o presidente da APICER.
Na próxima quarta-feira a APICER vai reunir-se com o secretário de Estado da Energia, João Galamba, para avaliar que tipo de soluções podem ser encontradas para fazer face ao aumento do preço da energia.
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