Aplausos já no interior do cemitério e alguns cravos vermelhos trazidos por populares na última despedida a Almeida Santos, ao início da tarde, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
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Uma cerimónia privada, reservada à família e amigos, onde se ouviu "a Balsa para o tempo que passou", de António Portugal, interpretada pelo grupo "Alma de Coimbra", e ainda "Ré Menor" da autoria do próprio Almeida Santos, interpretada pela Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra.
Apesar das pessoas que se concentraram à porta do cemitério e na Basílica da Estrela, a cerimónia fúnebre foi sobretudo marcada pela presença de várias figuras políticas, ligadas ao PS, mas também de outros quadrantes políticos, como é o caso de Manuela Ferreira Leite, que lembrou o seu "enorme" contacto com Almeida Santos aquando foi deputada na Assembleia da República, o que levou a que tenha tido por ele "uma profundíssima admiração".
O antigo presidente da República Ramalho Eanes lembrou o homem que existia para lá do político: "aquilo que nele havia de importante era a afinidade aos valores, sobretudo à liberdade"
Dentro do partido, do qual Almeida Santos foi presidente, destaca-se a presença de Alberto Martins, José Sócrates, António José Seguro, Jorge Sampaio, Maria de Belém, Ferro Rodrigues, Carlos César, Manuel Alegre e Alberto Costa.
"Foi um grande parlamentar, de alta competência como jurista, usando o parlamento como garantia de defesa e liberdade do cidadão", comentou Mota Amaral.
Alberto Costa considerou-o "figura cimeira da democracia", sobretudo porque "primeiro fez oposição à ditadura e depois na consolidação da própria democracia".
Mas, despediram-se ainda do ex-presidente da Assembleia da República, Manuela Ferreira Leite, Mota Amaral, Ramalho Eanes, Adriano Moreira e Ribeiro e Castro.
O presidente da República, Cavaco Silva, também esteve esta manhã na Basílica da Estrela, mas saiu sem prestar declarações.
Algumas centenas de pessoas despediram-se hoje de Almeida Santos à porta do cemitério do Alto de São João. A cerimónia foi privada, o cortejo fúnebre chegou às 13h50 ao cemitério, tendo passado pelo Largo do Rato e pela Assembleia da República.