
Jorge Pinto, da direção do partido Livre, e Carlos Guimarães Pinto, o presidente do Iniciativa Liberal, no Fórum TFS
Sara Gomes/Global Imagens
O Livre está disponível para fazer parte de uma solução governativa com a esquerda mas sob condições. A Iniciativa Liberal diz que nos últimos quatro anos o país ficou mais pobre e recusa uma solução governativa com o Partido Socialista.
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Cauteloso mas confiante, Jorge Pinto, da direção do Livre, afirma que as sondagens não espelham os resultados finais. "Em maio não aparecíamos em nenhuma sondagem e tivemos quase 2% dos votos, se fosse as legislativas conseguimos quase eleger vários deputados".
O Livre está disponível para fazer parte de uma solução governativa com a esquerda mas sob condições: "Queremos um qualquer acordo à esquerda permita a abertura à sociedade e cidadania, para que se possa discutir uma visão a longo e médio prazo para o país."
Jorge Pinto garante que não é dissidente do Bloco de Esquerda e faz questão de apontar as diferenças.
Sobre as ideias do partido, considera fundamental erradicar a ideia colonialista. "Deve ser avaliada de forma crítica e começa no meio escolar. Quando se ensina a história da expansão portuguesa deve falar-se do que foi feito de bom e de mau." Propõe ainda 30 horas semanais de trabalho e 30 dias de férias.
"Defendemos uma visão de uma economia de alto valor acrescentado e Portugal pode ser pioneiro nesta adaptação à automação e à digitalização."
Também marcou presença no Fórum TSF Carlos Guimarães Pinto, da Iniciativa Liberal, para quem as sondagens dão esperança de que é possível mudar. "Portugal está estagnado há 20 anos, é dos países da União Europeia que menos cresce e é um dos poucos sem um único deputado liberal no Parlamento. Espero que a partir de 6 de outubro possamos mudar isso."
Carlos Guimarães Pinto faz questão de vincar as diferenças entre a Iniciativa Liberal e o Aliança, e sublinha que "não consegue distingui as propostas do Aliança das do PSD".
A Iniciativa Liberal diz que nos últimos quatro anos o país ficou mais pobre e recusa uma solução governativa com o Partido Socialista.
"O PS pela forma como estendeu a sua teia na administração pública e no Governo, e pela forma como governa, é um problema para o país, e nunca, mas nunca, aceitaríamos viabilizar um governo do PS."
Entre as propostas do partido está a criação de uma taxa única do IRS: "Todos os rendimentos abaixo dos 650 euros estariam isentos."
Carlos Guimarães Pinto defende que o valor do salário mínimo deve ser definido em função da região e pelas autarquias, sendo até possível abolir o salário mínimo de acordo com o custo de vida de determinada área.