Corte no apoio ao mais carenciados: "É uma injustiça muito grande o que se fez"
Portugal recebeu 28 milhões de euros para converter em alimentos, mas o Plano Europeu não foi executado. Vieira da Silva diz que o dinheiro não está perdido e que o programa é válido até 2020.
Corpo do artigo
Este ano ficou por executar o Plano Europeu de apoio às pessoas mais carenciadas. Portugal recebeu 28 milhões de euros para converter em alimentos, mas o plano não foi executado e a TSF foi tentar perceber qual foi o impacto.
Numa instituição de solidariedade social na Amora, as perguntas chegaram de quem mais precisa. Queriam saber quando iam receber o "cabaz" que ajudava a encher a dispensa duas vezes por ano, mas os responsáveis da instituição não sabiam responder.
Fernando Sousa, presidente da Associação Dos Reformados E Idosos Da Freguesia Da Amora, considera a atitude do Governo uma injustiça. "É uma aflição muito grande, não imagina como às vezes saio daqui desta casa. Vai ser muito dramático, é uma injustiça muito grande o que se fez e eu esperava, com toda a franqueza, com esta mudança governativa as coisas tivessem sido olhadas de outra maneira".
O primeiro alerta para esta situação foi dado na TSF, nos primeiro dias de dezembro. Isabel Jonet veio à rádio falar da campanha do Banco Alimentar, e queixou-se que este ano muitas instituições tinham menos apoio.
O ministro Vieira da Silva explicou depois que o dinheiro não está perdido, porque o programa é válido até 2020, e o que não foi usado este ano por estar em reavaliação. O PS já chamou o ministro Vieira da Silva ao Parlamento para esclarecer a não execução do fundo europeu de apoio às pessoas mais carenciadas.
A audição está marcada para o dia 11 de janeiro.