À TSF, o Padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Antipobreza, espera que se revejam as medidas "de forma a que elas tenham impacto" nas famílias carenciadas.
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Esta quinta-feira, o Ministério do Trabalho anunciou que o apoio para famílias carenciadas, criado para atenuar o impacto do aumento do preço dos bens alimentares de primeira necessidade, terá o valor de 60 euros e será pago em abril.
Em declarações à TSF, o Padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Antipobreza, saúda a medida, mas acredita que os apoios a famílias carenciadas, apesar de terem "sempre um aspeto positivo, têm o risco de não ser inteiramente justos" e tem dúvidas que atinjam "todos aqueles que passam dificuldades".
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"Depois da tomada de posse do Governo, certamente poderão repensar as medidas que agora foram tomadas em cima do joelho, de forma a menorizar os impactos negativos", acredita o sacerdote.
O presidente da Rede Europeia Antipobreza diz, também, que já se começam a sentir mais dificuldades por parte das famílias, principalmente na alimentação, que "no imediato as vão suportando mas, a longo prazo, tornam-se mais contundentes na vida das pessoas".
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O Padre Jardim Moreira espera que se repensem e acompanhem as medidas e se revejam "de forma a que elas tenham impacto" na população.
À TSF, uma fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, confirmou que o "apoio será de 60 euros, pago de uma só vez em abril", confirmando a informação avançada pelo jornal Eco durante esta quinta-feira.
De acordo com os dados da Direção-geral de Energia e Geologia, em fevereiro, o número de beneficiários abrangidos pela tarifa social de energia elétrica era de 759.950.
No entanto, quando a medida foi apresentada pelo Governo, o universo potencial de beneficiários então avançado foi de 1,4 milhões.
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