Após 30 anos, congresso do PCP volta a Loures. Carlos Carvalhas recorda momento de emoção
O XXI Congresso do PCP traz à memória um congresso que aconteceu à três décadas e onde o partido escolheu o homem que viria a suceder a Álvaro Cunhal.
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Foi há 30 anos, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, que Carlos Carvalhas foi eleito secretário-geral adjunto de Álvaro Cunhal. "Já lá vai muito tempo" desde a preparação de uma passagem de testemunho que aconteceria dois anos depois, em 1992, mas Carlos Carvalhas ainda relembra o momento com "grande emoção".
A surpresa que sentiu na altura foi substituída por uma "pesada tarefa". Hoje, três décadas depois, e novamente no mesmo lugar, o PCP não deve optar por fazer o mesmo "número" para preparar a saída de Jerónimo de Sousa.
No ano em que deixa o comité central, Carlos Carvalhas admite que "já devia ter saído há quatro anos", já o tinha pedido, mas agora que a saída vai mesmo acontecer, garante que a missão "não fica fechada" e que vai continuar a fazer uma "intervenção modesta, mas com persistência".
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À TSF, Carlos Carvalhas não antecipa a possibilidade de uma nova "Geringonça", até porque essa é uma decisão "coletiva" que na altura reuniu a "maioria" do partido.
Contudo, independentemente do nome ou da intervenção comunista, o ex-líder comunista considera que o PCP se mantém como um "grande partido na vida nacional".
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