Após quatro dias de protesto, diretor nacional da PSP reúne-se com sindicatos
Policiais da PSP juntaram-se frente ao Parlamento, esta quinta-feira de manhã, por se sentirem discriminados com as decisões do Governo.
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Pelo quarto dia consecutivo, elementos da PSP voltam a protestar em vários pontos do país, numa iniciativa que começou com um agente da PSP em frente à Assembleia da República (AR). O diretor nacional da PSP, José Barros Correia, deverá pronunciar-se esta quinta-feira sobre o assunto, depois de ter chamado os sindicatos para uma reunião de urgência.
Esta quinta-feira de manhã, em declarações à TSF, os profissionais de segurança pública, em Lisboa, explicaram que estão em frente ao Parlamento porque se sentem discriminados, nomeadamente após o Governo ter aprovado, em 29 de novembro, o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.
Segundo escreve o jornal Público, durante a semana verificou-se a paralisação total de carros patrulha de divisões inteiras do comando metropolitano de Lisboa e foi necessário reforçar com carros de Leiria e Santarém. Além disso, desde segunda-feira que têm sido reportadas avarias em carros da PSP, suspeitando-se que algumas tenham sido propositadas como forma de protesto.
A mesma fonte avança que esta quarta-feira a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, esteve reunida com o diretor nacional da PSP e com o comante geral da GNR. Ao final do dia, José Barros Correia terá chamado todos os sindicatos para uma reunião de urgência, esperando-se que esta quinta-feira assuma uma posição sobre os protestos que têm ocorrido.
À TSF, o dirigente da Associação Sindical dos Profissionais Policiais (ASPP), Paulo Santos, confirmou que foram chamados para uma reunião.
Paulo Santos disse ainda que a questão das viaturas não é o foco e sublinhou que o diretor nacional "está do lado dos policias". "Não podemos desvalorizar aquilo que está a acontecer e dar ênfase de viaturas que já existe há muito tempo. Não podemos perder agora o sentido da nossa luta."
