Governo faz balanço do ano e sublinha mudanças que garante que ajudaram a reduzir o drama dos incêndios.
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A época de incêndios de 2018 acabou com menos 43% de ignições em comparação com a média da última década, com a área ardida (43.532 hectares) a cair ainda mais, 69%, ou seja, mais de dois terços.
As contas serão apresentadas na manhã desta quinta-feira, num Conselho de Ministros especial, que se reúne na Tapada Nacional de Mafra, e onde será feito o balanço dos incêndios rurais de 2018, já a pensar também em 2019.
Os números, adiantados à TSF por fonte do Ministério da Administração Interna, apontam ainda para 149 detidos e 805 identificados pelo crime de incêndio florestal, bem como mais de 8 mil multas relacionadas com a prevenção dos fogos. Nomeadamente, 336 contraordenações por queimadas, 621 por queima de sobrantes e realização de fogueiras e 7.549 por falhas na limpeza da floresta na chamada faixa de gestão de combustíveis no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
Governo destaca mudanças positivas
O Governo defende que a queda drástica nas ignições e área ardida em 2018 está certamente também relacionada com várias medidas aplicadas este ano.
O executivo destaca a aposta na sensibilização da população, a implementação dos programas "Aldeia Segura" e "Pessoas Seguras", além do reforço da vigilância, patrulhamento florestal e fiscalização dos serviços especializados da GNR nesta área.
O Ministério da Administração Interna recorda ainda o reforço ("quantitativo e qualitativo") dos meios de combate, realçando "o desempenho dos agentes de proteção civil, onde se destacam os Bombeiros".
Finalmente, o Governo diz que as mudanças e novas soluções operadas na rede de comunicações de emergência (SIRESP) "revelaram-se eficazes e o sistema funcionou sem constrangimentos".