Os armadores de pesca do Norte já começaram a preparar os processos para pedir ajuda ao fundo do Ministério da Agricultura para compensação salarial dos profissionais da pesca. Entre dezembro e janeiro, há barcos que só foram dois dias ao mar.
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Em causa está o mau tempo dos últimos dois meses que se tem prolongado para além daquilo que é normal mesmo para esta época do ano.
Quem vive do mar fala numa situação anormal e que começa a desesperar os pescadores. Vila Praia de Âncora é um exemplo extremo das consequências do mau tempo na costa portuguesa. Vasco Presa, da associação de pescadores, explica que em dois meses foram duas vezes ao mar.
Os donos dos barcos têm despesas fixas e as tripulações só ganham quando saem para o mar. Talvez com menor intensidade do que em Vila Praia de Âncora, os efeitos das ondas grandes sentem-se por todo o país.
A Associação dos Armadores de Pesca do Norte (AAPN) já começou a preparar os processos. Quando o mar voltar ao normal, armadores e pescadores vão pedir ajuda ao Fundo de Compensação Salarial do Ministério da Agricultura para os Profissionais da Pesca.
O representante dos Armadores de Pesca do Norte, Duarte Sá, não se lembra, nos últimos 20, 30 anos, de um Inverno com tantos dias sem ir ao mar.
Também Frederico Pereira, da Federação dos Sindicatos do Setor da Pesca, apela a todos os afetados pelo mau tempo que recorram ao Fundo de Compensação Salarial para os Profissionais da Pesca.