Armazéns suspeitos de enviar milhões para a China em esquema de fuga ao Fisco

Lisboa, 30/01/2016 - Aspecto geral da Praça do Martim Moniz durante os festejos do Ano Novo Chinês do Macaco. (Reinaldo Rodrigues/Global Imagens)
Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
Oito pessoas foram detidas em megaoperação da PJ, suspeitas de arrecadar milhões sem pagar impostos.
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Uma megaoperação da Polícia Judiciária (PJ) e da Direção de Finanças do Porto da Autoridade Tributária desmantelou uma rede de fuga ao Fisco.
Vários donos de armazéns chineses são suspeitos de vender produtos não declarados a revendedores que pagavam em dinheiro. Segundo o Jornal de Notícias, que avançou a notícia, estas vendas não faturadas resultaram em milhões de euros enviados para a China em malas de dinheiro ou através de esquemas bancários.
Terão sido objeto de branqueamento, no período compreendido entre janeiro de 2016 e março de 2018, cerca de 40 milhões de euros.
Em comunicado, a PJ dá ainda conta da detenção de oito pessoas, empresários de nacionalidade estrangeira, e da apreensão de 350 mil euros em dinheiro, além de 18 carros de luxo.
Foram realizadas 40 buscas a casas, armazéns e gabinetes de contabilidade nos concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Porto, Vila Nova de Gaia e Sintra
Em causa estão crimes de associação criminosa, branqueamento, fraude fiscal qualificada, venda, circulação ou ocultação de produtos ou artigos contrafeitos, falsificação de documentos, auxílio à emigração ilegal e tráfico de estupefacientes.
A operação policial envolveu 300 elementos, incluindo ainda a participação de investigadores da Polícia Judiciária da Diretoria do Centro e das unidades de Braga, Aveiro e Vila Real e a colaboração da Direção de Finanças do Porto da Autoridade Tributária, do Destacamento Territorial de Matosinhos da Guarda Nacional Republicana, da Unidade Regional do Norte da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e da Direção Regional do Norte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
[Notícia atualizada às 12h20]