À saída de um encontro com António José Seguro, Arménio Carlos defendeu um «pronunciamento do Presidente da República com um veto político» ao próximo Orçamento de Estado.
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O secretário-geral da CGTP quer que o Presidente da República vete o Orçamento de Estado de 2013, isto depois de Cavaco Silva ter dito que os portugueses estão «no limite» dos sacrifícios.
À saída de um encontro com o líder do PS, Arménio Carlos lembrou que as «propostas do Governo acentuam mais sacrifícios para os mesmos de sempre, deixando os outros à margem».
«Portanto, o que propomos é que tem de haver um pronunciamento do Presidente da República com um veto político», frisou o líder da Intersindical, após um encontro com António José Seguro.
Arménio Carlos recordou ainda as considerações de vários constitucionalistas que apontam para inconstitucionalidades nas novas medidas de austeridade e por isso defendeu que Cavaco Silva deve enviar o Orçamento para o Tribunal Constitucional.
O líder da CGTP disse ainda que não acredita num eventual alívio de algumas medidas de austeridade, tal como anunciou o ministro das Finanças.
«Qualquer manobra que o Governo venha a desenvolver nomeadamente agora entre o PSD e o CDS no sentido de iludir os portugueses com um ou outro ajustamento às medidas anunciadas não passam de encenações e batotas», frisou.
Arménio Carlos mostrou-se ainda pouco surpreendido com as fortes críticas lançadas pela ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite em entrevista à TVI24.
«As medidas são tão estúpidas que toda a gente defende que estas medidas não podem ir para a frente. Só não defende isto quem quiser andar com os olhos tapados», concluiu.