O secretário-geral da CGTP-IN disse que as próximas eleições europeias devem servir para «mostrar um cartão vermelho» ao Governo e anunciou novas lutas para o mês de março.
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«Na semana de 08 a 15 de março, sob o lema 'basta de injustiças e desigualdades' e que assumirá uma ampla expressão nos locais de trabalho dos setores público e privado, com greves, e paralisações e outras ações em todo o país, tendo como objetivo central a resolução dos problemas que afetam a vida dos trabalhadores», anunciou Arménio Carlos, a par da "luta específica" marcada para 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Para o líder da CGTP-IN, é «preciso» também intensificar durante fevereiro uma luta permanente sobre as questões laborais e sublinhou a importância de «uma luta» até ao dia das eleições.
«Uma luta que temos de levar até ao voto, fazendo das próximas eleições para o Parlamento Europeu um momento para mostrar o cartão vermelho aos que, lá como cá, estão comprometidos com a política que inferniza a nossa vida e hipoteca o desenvolvimento do país, fazendo também do voto uma arma para uma alternativa de esquerda e soberana», defendeu.
Arménio Carlos, durante o discurso perante milhares de manifestantes em Lisboa e que aderiram ao protesto da CGTP-IN que se realizou hoje em vários pontos do país, criticou a 'troika' e o governo PSD/CDS-PP.
«PSD e CDS-PP já provaram que a salvaguarda dos interesses da alta finança se sobrepõem a quaisquer outros, mesmo que estejam em jogo direitos humanos fundamentais», disse Arménio Carlos, que culpa o Executivo de querer fazer de Portugal um país periférico e subordinado aos interesses das grandes potências.
«Não há saídas limpas com mais de um milhão e 400 mil pessoas sem emprego, uma dívida incomportável, juros insuportáveis e um Tratado Orçamental que visa amarrar-nos a uma política que corta no investimento, reduz as funções sociais do Estado e fomenta o empobrecimento, para aumentar a exploração e as desigualdades».
Arménio Carlos voltou a referir-se, também, à realização de eleições gerais antecipadas e pediu o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN).