Arranque de ano letivo "com dificuldades". Pré-aviso de greve nas escolas de Sintra
Para a Federação dos Trabalhadores em Funções Públicas Sociais, o número de pessoas não docentes a trabalhar nas escolas não é suficiente para cobrir o seu normal funcionamento, e o pré-aviso de greve pode estender-se ao resto do país.
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O presidente da Federação dos Trabalhadores em Funções Públicas Sociais (FTFPS) antecipa um arranque de ano letivo agitado, em Sintra, com greves em várias escolas. Está em causa a falta trabalhadores não docentes devido aos atrasos no fecho dos concursos.
Artur Sequeira garantiu à TSF que já foram mesmo entregues os pré-avisos.
"Aqui na zona Sul, nomeadamente em Sintra, deve haver greves já no início do ano letivo, precisamente porque trabalhadores que estavam com contratos a tempo inteiro passaram a estar com contratos a meio termo. O que está a acontecer é que estão a ser confrontados com informações e decisões tomadas ao nível da câmara que não vão servir o propósito da escola e os direitos dos funcionários e dos próprios alunos", conta Artur Serqueira.
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Com o pré-aviso de greve já oficializado, o líder da FTFPS alvitra: "Não sei se este pré-aviso de greve não se irá estender a outras áreas do país."
O arranque do ano letivo acontecerá entre esta terça-feira e segunda-feira da próxima semana, um período para o qual Artur Sequeira prevê dificuldades generalizadas. "Dificilmente estou a ver isso [cenário de tranquilidade] a acontecer, por experiência dos anos anteriores. O ano letivo vai, de facto, começar com dificuldades quanto ao pessoal não docente. Não tenhamos dúvidas sobre isso", analisa.
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"O número de pessoas que estão a trabalhar nas escolas não é suficiente para permitir o funcionamento total das escolas", assevera ainda o presidente da Federação dos Trabalhadores em Funções Públicas Sociais.
No mesmo plano, Luís Esteves, dirigente da federação receia que, com o facto de muitas autarquias passarem a assumir a gestão das escolas a partir deste ano letivo, a situação no ensino - e particularmente no que diz respeito ao pessoal não docente - não melhore.
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