ARS lembra que desrespeito pelo confinamento é crime. Pescadores de Vila do Conde querem voltar ao trabalho
Nove pescadores de Vila do Conde estão infetados. Restante tripulação testou negativo, mas as autoridades de saúde exigem quarentena.
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A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS) avisa que o desrespeito pelo confinamento obrigatório, em caso de suspeita de infeção por Covid-19, é crime de desobediência. Em Vila do Conde há nove pescadores infetados, mas a embarcação quer voltar ao trabalho.
Em comunicado sobre a situação pandémica na cidade vilacondense, a ARS sublinha que os contactos de alto risco devem manter-se em isolamento durante 14 dias. Uma regra que se deve cumprir mesmo quando o resultado do teste é negativo.
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Esta segunda-feira, a Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar acusou as autoridades locais de saúde de não quererem fazer testes a todos os tripulantes, limitando-se a exigir a quarentena.
Em declarações ao Jornal Público, o presidente da associação, José Festas, defende que o barco deve ter autorização para voltar a pescar na próxima madrugada. No entanto, a ARS do Norte exige que a tripulação mantenha o isolamento, apesar de os testes aos 19 pescadores que conviveram com o último caso confirmado terem dado negativo.
O concelho de Vila do Conde está há algumas semanas a debater-se com um surto de Covid-19, com 173 casos ativos, segundo informou a câmara municipal, na semana passada.
Além da zona de Caxinas, onde em julho houve um foco de infeção numa fábrica de conservas, também foram afetadas as freguesias de Guilhabreu, Mindelo, Árvore e Azurara.
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