ARS Lisboa e Vale do Tejo desconhece «qualquer situação que aponte para uma degradação dos cuidados»

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Os diretores de serviço do Hospital Amadora-Sintra que estão demissionários justificam a saída com uma progressiva degradação da capacidade de resposta às adversidades mas, o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo diz que não conhece essa degradação e diz mesmo «se houver alguma coisa específica digam-me e eu averiguarei».
Sobre a carta onde 28 diretores de serviço do Hospital Amadora-Sintra justificam demissão assinalando uma progressiva degradação da capacidade de resposta às adversidades, uma saída preocupante de recursos humanos, também uma notória a incapacidade de contratação e ainda uma diminuição da qualidade assistencial, Cunha Ribeiro, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, ouvido pela RTP informação, diz que não «informações nenhumas que me levem a pensar ou a sugerir que haja uma diminuição da qualidade assistencial no hospital». Cunha Ribeiro garante ainda que «se houver alguma coisa específica digam-me e eu averiguarei».
O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo diz que a «ARS desconhece qualquer situação que aponte para uma degradação dos cuidados com a exceção de um número elevado de doentes graves que estão mais tempo na urgência e mais tempo internados. Mas isto por si só é um problema grave, não o vou negar» afirma o presidente da ARS.
É a resposta de Cunha Ribeiro a uma carta assinada por 28 dos 33 chefes de serviço do Amadora-Sintra onde são revelados vários problemas. Na missiva lê-se que se assistiu a uma saída preocupante de recursos humanos, que tem sido notória a incapacidade de contratação e tem havido uma ausência de resposta em especialidades fundamentais. Muitos destes problemas, pode ler-se nesta carta foram previstos, mas essas preocupações, argumentam os diretores de serviços não tiveram eco na gestão do hospital.