A TSF foi até ao Espaço de Visitação e Observação de Aves da Reserva Natural do Estuário do Tejo.
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É um dos pontos que está a atrasar o futuro aeroporto do Montijo: as aves que existem na Reserva Natural do Estuário do Tejo, num leque de cerca de duzentas espécies que, por altura do outono e inverno, chega a juntar, com as migrações, mais de 120 mil pássaros na zona.
A avifauna é das mais ricas da Europa, sendo uma das principais razões que levou a Agência Portuguesa do Ambiente a pedir à ANA, que vai construir o novo aeroporto, que refizesse o primeiro estudo de impacto ambiental.
Com a ajuda da bióloga Sandra Silva, coordenadora do Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA), a TSF foi conhecer melhor as aves da Reserva Natural do Estuário do Tejo numa visita guiada a acompanhar, em setembro, o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que foi perceber como se tem gasto o dinheiro do Estado para proteger a ecologia da região.
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Recorde-se que é por esta altura, outono, que as aves começam a chegar em maior número. Entre pequenas, médias e grandes, o folheto para o visitante assinalar os pássaros que encontra inclui 72 pássaros.
A lista é grande: várias espécies de patos, gansos, corvos-marinhos, garças pequenas e grandes, íbis-pretas, águias, pernilongos, peneireiros, abibes, pilritos, maçaricos, corujas, chilretas, flamingos, entre outras...
O primeiro estudo de impacto ambiental, a que a TSF teve acesso, refere a riqueza das aves na zona, "45 com estatuto de proteção", sobretudo aves aquáticas, admitindo que estas "irão ser afetadas de forma negativa e significativa", "com áreas ecologicamente muito sensíveis", e propondo medidas de mitigação.
O documento sublinha que "não se conhece a proporção de movimentos de avifauna afetados pelo futuro tráfego de aeronaves, nem as consequências da perturbação a estes associados, juntamente com a presença e funcionamento da infraestrutura aeroportuária".