A situação de tesouraria das empresas portuguesas está a ficar pior porque estão a aumentar os prazos para receberem os pagamentos.
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Cerca de 33% das empresas portuguesas viram os prazos de recebimento aumentarem para 41 dias. Este é um dos dados do inquérito encomendado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) ao Centro de Investigação de Marketing do ISCTE (FutureCast Lab).
Quase metade das 658 empresas que responderam a este inquérito queixam-se de que as encomendas estão a diminuir cerca de 40%. Uma carteira que se degrada apesar de 9% até dizer que a pandemia foi positiva para os negócios, mas estes são casos excecionais que não dão alento à CIP.
O vice-presidente da Confederação dos empresários, Armindo Monteiro, vê nos resultados deste inquérito o impacto da ação governativa dado que a "retoma da atividade económica não tem tido o ritmo desejado".
Armindo Monteiro defende que "é necessário que surjam no horizonte medidas rápidas que permitam alimentar a esperança dos empresários", já que 58% dos inquiridos responde que os programas de apoio do Estado estão "aquém do que é preciso".
Por outro lado, 44% dos empresários queixa-se de que diminuíram as encomendas em carteira e, no início de setembro (quando o inquérito foi feito), 88% declarou que a empresa não estava em lay-off.
Quanto a despedimentos, 69% tem a esperança de manter o número de colaboradores contra 21% que disse estar a pensar reduzir o quadro de pessoal.