Desde o primeiro dia do fogo, um grupo de voluntárias garante que, todos os dias, os que combatem as chamas tenham um prato de comida quente. Nem o susto de terça-feira as fez arredar pé do local.
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De sol a sol, um grupo de voluntárias não arredaram pé do posto de comando do incêndio de Góis. Começaram no sábado de madrugada: cozinharam, transportaram comida, fizeram sacos que pareciam autênticos kits de sobrevivência.
Na terça-feira à tarde viram o fogo chegar bem perto da tenda onde serviram centenas de bombeiros, militares do exército e da GNR, e até os muitos jornalistas que, por ali trabalhavam.
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E afinal o que as levou a resistir: "voluntariado, a ajuda, a necessidade acima de tudo". Preparamos as refeições, os pequenos-almoços, os mantimentos para a noite. Temos sempre 100 a 150 sacos para repor.
Regina Gama é uma das voluntárias de Góis. Destapa as panelas para espreitarmos: "Carne com legumes, batata cozinha, arroz de atum, sopa de legumes e frutas variadas".
A sopa foi feita pelo agrupamento de escolas de Góis, águas e sumos foram oferecidos, e tudo trabalho voluntário, dia e noite. Desde sábado no Parque Eólico das Malhadas, em Góis, várias voluntárias deram de comer às forças de segurança, mas também tiveram sempre uma palavra amiga.
Para além deste grupo de voluntárias, a TSF assistiu por várias vezes à chegada de carros e carrinhas de cidadãos anónimos, que vieram ao encontro das forças de segurança trazendo comida e bebida: um cordão humano de solidariedade.