Autoridade encontrou aumentos de preço na ordem dos 50% num cabaz de produtos essenciais.
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Concluída a inspeção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) no retalho, a operação passa agora aos fornecedores e documentos para tentar encontrar uma explicação para o aumento dos preços de bens alimentares essenciais.
A ASAE lançou esta segunda-feira uma operação em hiper e supermercados para tentar encontrar provas de especulação nos preços, mas não deve apresentar dados antes do final deste mês de março.
Em declarações à TSF, o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal, dá conta de que este é um processo moroso em que, analisando um cabaz de 20 produtos essenciais, já foi possível perceber que o preço de pelo menos metade destes aumentou em cerca de 50%.
A autoridade "partiu do preço de venda ao público final, que é aquele que tem estado com valores relativamente elevados face à taxa média de inflação e agora está, digamos, a retroceder ao longo da cadeia para fazer essa avaliação".
No setor do retalho "há margens de lucro brutas de 50 e 40% que vão ser analisadas de forma mais detalhada". O objetivo é perceber porque é que alguns bens alimentares custam agora mais 60 ou 70% do que no final do ano passado.
Ao mesmo tempo, a ASAE promete manter as inspeções ao desvio de preços entre o que está anunciado nas prateleiras e o preço pago pelo consumidor na caixa dos supermercados, a que se juntam os casos de produtos que pesam, afinal, mais que o indicado no rótulo.
O número de infrações detetadas tem aumentado nos últimos tempos.