O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia garante estar disponível para negociar.
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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) vai analisar a proposta do Ministério da Administração Interna para o pagamento de serviços extra ordenado. Paulo Santos, o presidente, reuniu-se esta segunda-feira de manhã com a secretária de Estado da Administração Interna, mas o que ouviu de Isabel Oneto não deixa os polícias completamente satisfeitos.
"Relativamente à questão da génese do trabalho, fizemos questão de entregar novamente a nossa proposta. Relativamente aos serviços remunerados temos de ter uma discussão para perceber o contexto atual. Uma coisa é certa: não pretendemos confundir o regime dos serviços remunerados - que é trabalho suplementar e extraordinário - com aquilo que é a necessidade de apreciar novamente as tabelas remuneratórias. Vamos aflorar ainda, internamente, esta discussão sobre os serviços remunerados e faremos chegar a nossa proposta. Nota-se claramente que há aqui uma pretensão do MAI de abordar as questões conjunturais, mas obviamente não nos parece que há aqui uma tentativa de resolver os problemas de base", revelou à TSF Paulo Santos.
O responsável está disponível para negociar, mas quer medidas concretas.
"Teremos de ter sempre espaço para o diálogo, mas obviamente que a história diz-nos que, por vezes, há a tentativa do MAI de branquear as dificuldades que assolam os profissionais e de manter uma perspetiva de diálogo. Ficou claro e evidente que, da parte da ASPP, contarão com a luta e é isso que se apela também aos polícias, para não ficarmos perpetuamente numa questão de diálogo social. Por vezes dá a entender que a perspetiva do diálogo social é para, de alguma forma, obstaculizar a luta necessária que os polícias têm colocado em cima da mesa. Continuamos a considerar que há problemas estruturais na polícia. Estamos a avaliar internamente, vamos colocar 2023 como sendo um ano de luta e estamos a estudar as melhores formas de colocar isso com uma perspetiva de luta na rua", acrescentou o presidente da ASPP.
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E a rua não é um cenário que a ASPP/PSP afaste para já.