Associação amigos da grande idade: «Temos modelos assentes num conservadorismo medonho»
Um documento estratégico com 13 «recomendações para a longevidade» é discutido esta terça-feira na Assembleia da República. A associação que promove este debate recomenda uma nova abordagem dos problemas da terceira idade.
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A Associação Amigos da Grande Idade reclama uma abordagem menos conservadora para os problemas do envelhecimento. Há hábitos e comportamentos que Rui Fontes, o presidente desta associação, espera que se alterem rapidamente.
«Temos modelos completamente assentes num conservadorismo medonho. Somos um país que produz muito vinho e depois vamos para um lar de idosos e somos proibidos de beber bebidas alcoólicas; vamos para lares que nos proíbem de comer doces. O sexo fica muito distante e fica à porta».
O documento estratégicos, que é debatido esta terça-feira na Assembleia da República, tem 13 recomendações. Como um novo modelo de financiamento dos lares de idosos, que privilegie os que têm melhor desempenho, maior exigência na formação de cuidadores e uma aposta desde os bancos da escola na educação para o envelhecimento.
Rui Fontes defende que Portugal «tem todas as condições para ser um país onde se envelhece bem». Com o aumento da esperança de vida, Rui Fontes diz que a palavra envelhecimento começou a ter uma conotação negativa. Sugere, por isso, que se comece a usar a expressão longevidade