Em causa está o caso de Ihor Homeniuk que morreu às mãos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras em março.
Corpo do artigo
Uma associação de imigrantes ucranianos pede justiça no caso de Ihor Homeniuk que morreu às mãos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras em março. Nataliya Khmil, presidente da associação Amizade, revela à TSF que enviou duas cartas abertas ao ministério de Estado e da Presidência para que tudo seja apurado, mas ainda não obteve resposta.
"Logo no dia 2 de abril deste ano, enviei duas cartas abertas para a secretária da Comissão da Cidadania e Igualdade de Género e para a secretário de Estado das Migrações e Integração. Nestas cartas expressamos a nossa insatisfação e indignação em relação ao comportamento dos inspetores do SEF", adianta à TSF.
Nataliya Khmil considera que "o gesto dos inspetores do SEF é uma violação inaceitável e grosseira dos direitos humanos e sendo Portugal um país democrático europeu, considerado um dos melhores exemplos nas questões de imigração nos últimos anos na Europa, que partilha boas práticas no acolhimento e no apoio à integração e proteção dos direitos dos imigrantes, é inaceitável".
Nataliya Khmil, que é também representante da comunidade ucraniana no conselho para as migrações, garante não ter conhecimento de outros casos de agressões semelhantes ao do cidadão ucraniano agredido no aeroporto de Lisboa, mas garante que são frequentes as agressões verbais. "Existe intimidação", garante.
A representante da associação Amizade diz compreender que o processo judicial é demorado, mas espera ainda uma resposta.
Khmil diz estranhar o silêncio das autoridades, mas tem esperança que o processo tenha um desfecho positivo: "Para mim é um bocado estranho o silêncio. Sei que Portugal tem um foco muito correto para a imigração e a integração de migrantes em Portugal. Estranho o silêncio, mas acredito que vai ser resolvido de maneira positiva."