O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas disse à TSF que o procedimento poderia ter sido outro. O ministro da Defesa diz que não vai falar sobre o caso.
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O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas vê com alguma admiração a imediata aceita do pedido de afastamento do chefe do Estado-Maior do Exército. Em declarações à TSF, o Coronel Pereira Cracel diz que, pelo que é conhecido deste caso, "gostaríamos que o procedimento tivesse sido outro".
Apesar disso, o Coronel Pereira Cracel considera o pedido de demissão natural, seguindo as tradições militares em que o líder responsabiliza-se pelos subordinados.
O chefe do Estado-Maior do Exército apresentou a demissão na quinta-feira e o pedido foi entretanto aceite pelo presidente da República.
De acordo com o porta-voz do Exército, a demissão do general Carlos Jerónimo é justificada por "motivos pessoais", mas acontece pouco depois de o ministro da Defesa ter pedido esclarecimentos ao chefe do Estado-Maior do Exército sobre o Colégio Militar, na sequência de uma reportagem do Observador que dava conta de que a instituição discrimina os alunos homossexuais.
A TSF falou esta sexta-feira de manhã com o ministério da Defesa para perceber se estão previstas ações concretas do ministro. Nada está previsto, e o ministro Azeredo Lopes não falará sobre o caso.
Na quinta-feira, o ministério confirmou que já está à procura de um novo nome para chefiar o Exército português.