Associação Europacolon pede plano de emergência para rastreio a doentes com suspeita de cancro
Para que ninguém fique para trás, Vítor Neves propõe uma união de esforços.
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É urgente reabrir centros de saúde e lançar um plano de emergência para fazer rastreio e exames a doentes com suspeita de cancro em Portugal. Vítor Neves, presidente da Associação Europacolon, sublinha que num país onde se fazem, todos os anos, diagnósticos de 50 mil casos de doença oncológica já se perderam sete meses e não podemos continuar a adiar a deteção de novos doentes.
"São mais de quatro mil por mês. Como não temos este encaminhamento pela dificuldade de os centros de saúde estarem fechados, estes diagnósticos estão a acontecer nas urgências, em casos já avançados. Se quatro mil novos casos de doenças oncológicas por mês viram adiados o seu diagnóstico, estamos a falar de mais de 28 mil em sete meses que foram diagnosticados por episódios agudos, mas há muitos milhares de casos de diagnóstico oncológico que foram adiados", explicou à TSF Vítor Neves.
Para que ninguém fique para trás, Vítor Neves propõe uma união de esforços.
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"O que nos aflige é não ouvirmos, por parte dos decisores da saúde, uma frase que diga que vão criar uma forma de resolver este problema a curto prazo. É urgente, não podemos esperar mais. Quanto mais aumentam os números de Covid, mais assustados ficamos porque sentimos que menos valorizados vão ser os doentes não Covid", acrescentou o presidente da Associação Europacolon.
Uma plataforma que, na opinião de Vítor Neves, deve juntar meios do setor público e privado, representantes dos profissionais de saúde e das associações de doentes.
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