Lucas Chambel, da Associação Portuguesa dos Jovens Farmacêuticos, diz à TSF que o objetivo é criar um pacto entre as entidades da indústria para fixar talento nas farmácias
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A Associação Portuguesa dos Jovens Farmacêuticos (APJF) lança um inquérito aos profissionais que trabalham ou já trabalharam em farmácia comunitária. À TSF, o presidente da associação, Lucas Chambel, diz que existem dados que mostram que os jovens estão a deixar as farmácias para trabalhar noutras áreas, o que, na sua leitura, indica que há uma dificuldade no setor em reter talento.
No entanto, ainda falta informação para fundamentar as razões que levam a essa saída. “Nós sabemos que existem desafios ao nível dos salários e dos próprios horários de funcionamento das farmácias comunitárias. O que não temos à data de hoje é algo que nos indique qual é o peso de cada um destes indicadores dentro daquilo que é a perspetiva de carreira de um jovem e de todos os que fazem parte da profissão.”
Lucas Chambel afirma que foi daí que nasceu a necessidade de criar este estudo. O objetivo é criar um pacto entre as entidades do setor para fixar talento nas farmácias.
“Aquilo que sentimos é que, muitas vezes, estas organizações não se sentam à mesa para perceber o que cada uma tem de oferecer e ter um plano concreto abrangente para garantir a retenção de talento.”
O presidente da associação reforça a importância destas entidades unirem forças para conseguirem encontrar soluções e acompanharem a retenção dos farmacêuticos. “Não basta que, enquanto organizações, consigamos defender medidas que são concretas e prioritárias, se não nos sentamos com sindicatos, com ordens profissionais, com associações setoriais, para perceber quais são as ações em conjunto que podemos fazer para garantir também que conseguimos medir o impacto”, defende.
O questionário vai estar disponível no site e nas redes sociais da Associação Portuguesa dos Jovens Farmacêuticos até 15 de novembro.
A proposta para o pacto foi remetida à Ordem dos Farmacêuticos, ao Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, à Associação de Farmácias de Portugal, à Associação Nacional das Farmácias, à Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia e à Associação Portuguesa de Farmacêuticos para a Comunidade.
