Associação Nacional de Restaurantes reage a novas restrições. "Estamos baralhados"

André Rolo/Global Imagens
Daniel Serra lamenta as novas medidas anunciadas pelo primeiro-ministro para o período do Ano Novo.
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As novas restrições anunciadas pelo primeiro-ministro para o Ano Novo são recebidas com desalento e surpresa pelo setor da restauração. Os espaços comerciais, na noite de 31 de dezembro, têm de encerrar às 22h30. Nos dias seguintes, até 3 de janeiro, só podem servir refeições até às 13h00. Após essa hora, só em regime de take-away.
Em reação às novas medidas, a Associação Nacional de Restaurantes considera que se trata de um "erro histórico". "Não entendemos, estamos completamente baralhados, não percebemos o que está a acontecer. Porque razão não houve aqui da parte do Governo uma ordem de encerramento dos restaurantes? Porque isto é ter os restaurantes fechados. Há três meses que vivemos nesta agonia", lamenta Daniel Serra, em declarações à TSF.
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"Os apoios são absolutamente insuficientes, os que vieram, que foram anunciados há dias, foram muito insuficientes. As perdas são enormes", critica, pedindo a criação de "um gabinete de crise".
Os novos horários, hoje anunciados pelo primeiro-ministro, visam reduzir a multiplicação de contactos no período da passagem do ano, acautelando os riscos acrescidos de novas infeções que poderão resultar das comemorações do Natal.
Na sequência da reavaliação da situação epidemiológica no país, o Conselho de Ministros decidiu hoje rever os horários de funcionamento dos restaurantes, em todo o território continental, estabelecendo que, no dia 31 de dezembro, o funcionamento é permitido até às 22:30; e nos dias 01, 02 e 03 de janeiro até às 13:00, exceto para entregas ao domicílio.
Relativamente ao período do Natal manter-se-ão os horários anunciados há duas semanas, ou seja, os restaurantes vão poder estar abertos até à 01:00 nas noites de 24 e 25 de dezembro e funcionar até às 15:30 nos dias 26 de dezembro.
Na ocasião, o primeiro-ministro referiu que as medidas então delineadas poderiam vir a ser alvo de revisão, o que veio hoje a verificar-se em relação à passagem do ano.
"Logo a seguir ao Natal devemos estar o mais recolhidos possível para evitar que os contágios se multipliquem", disse o primeiro-ministro, sublinhando que a avaliação da situação epidemiológica determinou que tenha de ser "cortar totalmente" as celebrações da passagem do ano.
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