Associação Rodoviária alerta que autocarros da JMJ não têm onde estacionar durante a noite
Em véspera da Jornada Mundial da Juventude, a Associação Rodoviária de Transportadores Pesados de Passageiros afirma, em declarações à TSF, que os autocarros apenas podem ficar estacionados durante a noite em Lisboa de 5 para 6 de agosto.
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"Onde colocar os autocarros durante a noite?" é a questão que a Associação Rodoviária de Transportadores Pesados de Passageiros (ARP) coloca, esta segunda-feira, na véspera do arranque da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). À TSF, Nídia Sousa afirma que a comunicação com os organizadores do evento melhorou nas últimas semanas, mas subsistem dúvidas de última hora.
"Existem muitas empresas que vão deixar os peregrinos no primeiro dia e depois só voltariam a utilizar a viatura no último dia, quando regressassem com os peregrinos. Mas, como não os podem deixar naqueles parques que foram inscritos, temos que encontrar soluções e essa resposta que eu estou a aguardar nas periferias", explicou a secretária-geral da ARP.
Lisboa recebe a JMJ de 1 a 6 de agosto, mas os autocarros apenas têm autorização para estacionar durante a noite na cidade de 5 para 6 de agosto.
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Outra preocupação da ARP está nos expressos que realizam viagens Porto-Lisboa. De acordo com a responsável Nídia Sousa, estão previstas "cem linhas, todos os dias" e, neste momento, não há garantia de que vão conseguir passar por todos os locais previstos, devido aos constrangimentos no trânsito.
"A indicação que nós temos é que naquela zona que está assinalada com a zona vermelha, completamente interdita, não é possível deixar os turistas nos hotéis. Eles terão que ficar no limite na zona amarela e ir a pé", começou por explicar.
"Mas mesmo nas zonas amarelas, em que nos foi dito que os transportes públicos poderão circular e não haveria constrangimentos, se houver condicionante naquele momento de grande afluência de peregrinos ou uma grande condicionante, não conseguem garantir que [o autocarro] saia", acrescentou.
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Na incerteza de se as viaturas vão conseguir realizar as viagens com normalidade, ou se "vão ficar todos parados em algum ponto e bloquear completamente a cidade", Nídia Sousa garantiu que a ARP está a procurar soluções e insistiu que "há uma grande preocupação" por parte dos associados.
Os clientes estão a ser avisados da possibilidade de terem de fazer "grandes" percursos a pé até aos locais onde vão ficar hospedados, concluiu.