Estudantes querem sensibilizar a opinião pública e os políticos.
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As associações de estudantes de Lisboa criaram o Movimento Campus Seguro para exigirem medidas de segurança na zona da Cidade Universitária-Campo Grande. Os estudantes querem sensibilizar a opinião pública e, em particular, os políticos para a urgência de debater e construir soluções para os problemas de insegurança.
Este Movimento Campus Seguro propõe que seja criada uma comissão que analise e debata o plano de segurança no campus universitário, querem a criação de uma linha telefónica direta para relatarem casos à PSP, mas também pedem um reforço do investimento em iluminação e vigilância.
"Um apelo às entidades competentes para que se possa tomar as rédeas do assunto e arranjar soluções o mais rapidamente possível. A verdade é que, por um lado, existe um policiamento que não é suficiente para as faculdades todas e ao mesmo tempo existe muita falta de iluminação", explicou à TSF Felipe Gomes, estudante da faculdade de Direito e porta-voz deste Movimento Campus Seguro.
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Já na terça-feira, ao final da tarde, os estudantes reúnem-se numa ação de protesto que simbolicamente vai chamar-se "Iluminar o Campus".
"O objetivo será mesmo encontrar o número máximo de estudantes e juntos iluminarmos, com as lanternas, sejam elas as dos telemóveis ou não, o campus. É algo simbólico mas que representa, no fundo, a vontade dos estudantes em ver este problema resolvido", acrescentou o estudante da faculdade de Direito.
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A iluminação é precisamente uma das principais prioridades que os estudantes estão a assinalar. Desde há vários meses que há relatos de aumento de assaltos a estudantes como constatou a reportagem da TSF no terreno, na semana passada, nesta zona de Lisboa.
No final do ano, a 28 de dezembro, foi assassinado um estudante de 24 anos.