
Para a antiga ministra, falam mais alto "os desafios profissionais" que tem pela frente
António Cotrim/Lusa
Numa publicação no Facebook, Assunção Cristas explica por que não será candidata e deixa críticas à atual liderança do CDS.
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Assunção de Cristas rejeita a hipótese de se candidatar à Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, que deverão acontecer no outono, caso não sejam adiadas.
A antiga líder do CDS-PP tem estado afastada da esfera pública e tem rejeitado dar entrevistas, mas recorreu à rede social Facebook para anunciar e justificar a decisão. "Apesar do apoio das estruturas locais do partido, não estão reunidas as condições de confiança necessárias para ponderar uma candidatura", pode ler-se na mensagem.
̃ ̀ Câmara Municipal de Lisboa Passadas as eleições presidenciais, numa fase menos...
Publicado por Assunção Cristas em Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Assunção Cristas elenca três razões para não apresentar candidatura, entre as quais a "discordância da estratégia do CDS na negociação de uma coligação alargada com o Partido Social Democrata", e o discurso "contraditório da direção do CDS", que, argumenta, a considera "simultaneamente responsável pela degradação do partido no último ano e uma boa candidata a Lisboa".
A antiga líder centrista critica ainda "o parco interesse" da direção atual em ouvi-la, num "tempo e numa forma que fica aquém do que a cortesia institucional estima como apropriado".
Para a antiga ministra, também falam mais alto "os desafios profissionais" que tem pela frente.
Assunção Cristas enfatiza que não tem vindo a público falar sobre o assunto da possibilidade de uma recandidatura "por entender que era um assunto para ser tratado com toda a atenção e cuidado ao nível da presidência do partido" e para "manter um espaço vital para a negociação e a afirmação do CDS".
A antiga líder centrista preconiza que a Câmara de Lisboa necessita de um "bom programa e uma grande coligação, que junte CDS, PSD, os partidos do espaço político da direita democrática que o desejem", e com "uma forte presença de independentes"
A terminar o texto, a antiga presidente do CDS escreve: "Se muito há para fazer pela nossa Lisboa, também há mais marés que marinheiros."