
José Carlos Pratas/Global Imagens
A atual presidente da Assembleia da República não vai voltar ao Parlamento. Assunção Esteves sublinha à TSF que o mandato foi "duro todas as horas" e que se sente "cansada".
Assunção Esteves explica que não vai fazer parte das listas da coligação às legislativas porque quer "parar algum tempo". Uma decisão que tomou em comum com Passos Coelho "há uns meses". O líder do PSD, explica, "foi compreensivo " e "entendeu" a justificação da segunda figura do Estado.
A ainda presidente da Assembleia da República argumenta que esta legislatura "foi mais dura do que as outras". Assunção Esteves recorda os constrangimentos económicos para dizer que teve que ser "criativa" na procura de soluções para o funcionamento do Parlamento e até por isso sai "muito satisfeita" com o trabalho realizado. Afirma ainda que "valeu a pena".
Sobre o período eleitoral que se avizinha, Assunção Esteves assegura que vai "tentar estar na campanha". A relação com o partido "é ótima" e fala mesmo de "amor ao PSD". Questionada sobre a hipótese de ficar num lugar não elegível, simbólico, nas listas, a deputada explica que na conversa que teve com Passos Coelho "ninguém se lembrou" dessa alternativa. Afirma que prefere que nas listas estejam pessoas mais empenhadas e apostadas na eleição, mas não descarta nada. "Posso ficar no lugar simbólico que quiserem", acrescenta.
Ainda sobre este tema, Assunção Esteves sublinha que é uma "pausa" e não o abandono da política. A deputada diz até que "provavelmente a política ainda me vai bater à porta". Provavelmente... mas não para já.
À TSF, Assunção Esteves admite que "o cansaço" não é uma "justificação habitual" para explicar porque sai da Assembleia. Apesar disso, não vê outra alternativa e diz que tem de "parar": "Tenho de olhar por mim".